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Archive for the ‘Comportamento’ Category


Jehozadak Pereira

Aquela cena corriqueira do comercial de cerveja na televisão que mostra um grupo de pessoas sorridentes em volta de uma garrafa, é a mais pura expressão da mentira. Mentira porque ninguém pode ser feliz bebendo. Mas ao colocar pessoas sorridentes e aparentemente felizes para ingerir álcool, quer se fazer pensar que é possível alcançar o que eles têm ali naquele instante. O pesquisador Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, afirma que no decorrer de um dia normal qualquer – fora dos períodos eleitorais – uma pessoa ouve, vê e lê mais de duzentas mentiras, ou uma inverdade a cada cinco minutos. Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

Escrevi esta série especial sobre inveja uns anos atrás e são sempre atuais pois o que não falta no mundo é gente invejosa. Para ler os textos clique nos respectivos títulos e novas janelas vão abrir com o texto

Os invejosos Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

Foi com muito custo e insistência que Aparecida, uma brasileira que mora numa cidade localizada no South Shore – Região Sul de Massachusetts, falou sobre o problema que Gabriel, seu filho caçula enfrenta. Aparecida somente falou com o compromisso de anonimato e privacidade. No fim do ano passado, Aparecida notou uma mudança repentina no comportamento de Gabriel que não queria mais ir para a escola e se mostrava irritadiço e agressivo. Depois de muita conversa Aparecida e o marido americano descobriram o motivo. Gabriel que tal como suas irmãs nasceu nos Estados Unidos, está sendo perseguido e hostilizado por alguns dos seus companheiros de colégio por jogar futebol melhor do que todos os seus colegas e por causa disto ser muito popular. Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

Teste da prova de português para os médicos cubanos (Elaborado pelos PTistas)

Questão 1
Com qual letra começa o alfabeto português?

1. Letra A
2. Letra A
3. Letra A
4. Todas as alternativas anteriores estão corretas

Jehozadak Pereira

– Se tiver dúvidas sobre quem está te adicionando, não aceite
– Se tiver dúvidas acerca daquela pessoa que você não conhece e que te adicionou, delete-o
– Jamais justifique ter excluído, bloqueado ou não aceitado uma amizade
– Elabore listas específicas e coloque nelas as pessoas conforme seu critério
– O Facebook permite que se bloqueie as suas informações, fotos e postagens
– Jamais coloque em redes sociais informações pessoais
– Não mencione data de nascimento, número de documentos, endereços, relações familiares, trabalho e telefones
– Se for colocar fotos de carros e motocicletas, omita as placas
– Partilhe somente informações com quem você confia de fato
– Não exponha sua intimidade de modo algum
– Não xingue e nem destrate ninguém
– Respeite para ser respeitado
– Não poste spam ou propaganda do seu negócio ou profissão
– Não envie mensagens não solicitadas
– Não clique em links que te enviam. Você pode estar caindo numa armadilha
– Cuidado com as correntes e mensagens de cunho religioso ou político
– Se cansou, delete o seu perfil nas redes sociais
– Não poste e nem escreva nada do qual possa se arrepender mais tarde
– Lembre-se que por mais restrito que esteja o seu perfil, as redes sociais são sim um livro aberto…

Jehozadak Pereira
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Aos 75 anos, Alvin Straight, recebe a notícia de que seu irmão com quem não conversava há dez anos por causa de uma briga, está a beira da morte. Impedido de dirigir por causa da idade e não encontrando ninguém que o levasse até a casa do irmão, Alvin resolve dirigir um trator de aparar grama puxando um trailer com suas roupas e comida de Laurens no Iowa para Mount Zion no Wisconsin, numa viagem de 250 milhas que separam os dois estados americanos durante seis semanas. Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

Rafael têm muitos amigos e amigas no seu perfil no Facebook. Outro dia na balada foi ignorado por um deles e ficou revoltado pois fora adicionado e frequentemente o seu ‘amigo’ postava-lhe mensagens e curtia as suas fotos e atividades. Conversando com a sua namorada deu-se conta de que não era o único naquela situação, pois com ela acontecia a mesma coisa, inclusive com colegas de sala de aula na faculdade, ou seja, eles eram ao mesmo tempo amigos e desconhecidos de gente com quem partilhavam todas as coisas. Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

Sex offenders

A lei exige que ofensores sexuais se cadastrem nos estados e cidades onde moram. Em Massachusetts o http://sorb.chs.state.ma.us/ registra cada um deles com as respectivas fotos e crimes cometidos. Neste endereço é possível saber cidade a cidade quem são os agressores e ofensores sexuais registrados com fotos e respectivos endereços. 
A proliferação da pedofilia, da prostituição infantil – o Brasil, infelizmente é um dos países onde mais há prostituição infantil, e da pornografia é um dos males do nosso tempo, e somente o esforço conjunto das autoridades, das entidades como a ONU, FAU, Unicef entre outras, e uma estreita colaboração policial internacional é que poderá coibir e inibir a prática. Read the rest of this entry »

Jehozadak Pereira

De cada dez mulheres vítimas de violência, nove são agredidas por maridos, ex-maridos, companheiros e namorados. Ao drama destas mulheres juntam-se crianças e adolescentes que são agredidos basicamente por seus pais ou círculo familiar direto e indireto. O círculo vicioso não tem fim e a cada dia aumenta numa proporção incontrolável.

A violência origina-se no alcoolismo, consumo de drogas, dificuldades financeiras, ciúmes e personalidade agressiva do agressor, estão entre os motivos mais comuns. A violência doméstica caracteriza-se com agressões morais, xingamentos, humilhações e ameaças de espancamento – socos, tapas, chutes ou o uso de objetos que machuquem e prejudiquem a saúde do agredido.

A violência doméstica é um fenômeno universal, endêmico, reiterado e repetitivo – filhos de pais agressores, tendem a se tornar agressores. Não é característica da pobreza, e da qual não escapa classe social, etnia, raça ou religião.

A violência é inexplicável e homens agressores agem como se fossem donos e senhores do universo que os cercam, e de que raramente serão punidos pelos seus delitos.

Isto faz com que mulheres que apanham caladas, com medo de recorrem à ajuda externa e sofrerem mais ainda. São subjugadas, humilhadas, maltratadas, espancadas, violentadas; moral, física e psicologicamente. Aparentemente vítima e agressor vivem em perfeita harmonia diante de todos. São pares perfeitos independente de classe social, contudo o agressor não economiza violência e pressão psicológica para manter sua presa dominada. Vítimas da violência vivem num estado de letargia e raramente buscam ajuda com medo de que seus agressores cumpram as ameaças de matá-los.

Crianças, jovens e adolescentes igualmente são vítimas de violência doméstica. O abuso emocional caracteriza-se pela hostilidade verbal, insultos, desprezo, críticas exacerbadas e ameaça de abandono.

Igualmente a violência sexual é uma constante, principalmente por parte de homens que violentam seus filhos impunemente. The American Humane Association, num recente estudo, estima o abuso sexual de crianças e adolescentes nos Estados Unidos em 450 mil casos por ano. Apesar desses números serem altos, estima-se que o número de casos não relatados seja maior que o número de casos notificados.

Um outro tipo de violência comum é a praticada contra pais e avós, por filhos, netos, genros e noras, e que raramente são relatadas por medo ou constrangimento. Quando os agressores são adolescentes e jovens a causa principal é o consumo de drogas.

A violência física nem sempre deixa marcas visíveis. Socos, tapas, chutes, agressões com objetos, queimaduras e sexual. A violência física é comum também contra homens agressores, praticadas enquanto estão dormindo, e nestes casos a mutilação ou queimaduras com água fervente servem para vingar as agressões sofridas. Já a violência psicológica ou agressão emocional, é tão ou mais prejudicial que a física. Caracteriza-se pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e exagero nas punições. A violência emocional não deixa marcas físicas visíveis, contudo, as marcas psicológicas às vezes são insuperáveis.

A violência verbal não é privilégio de ninguém e atinge a todos – homens e mulheres. Maridos que xingam e depreciam suas mulheres e filhos com palavras pejorativas e humilhantes. Mulheres que agridem verbalmente seus maridos duvidando da fidelidade deles, torturando-os dia e noite com suspeitas infundadas, e que descontam suas frustrações e raivas nos filhos.

Deprecia-se a família do outro, subjuga-se à profissão ou o trabalho, ofende-se moralmente, quando a mulher insinua que o marido tem uma amante, ou o marido diz que a mulher tem um namorado.

Normalmente a agressão verbal é o primeiro passo numa escalada crescente de maus tratos. Agressores são na sua maioria homens cônjuges ou ex-cônjuges das vítimas, e os motivos são variados. Personalidade anti-social, personalidade explosiva, instabilidade emocional, dependentes químicos e alcoólicos, embriaguez patológica, histeria, paranóia e ciúme patológico. Dificuldades financeiras, desemprego ou sub emprego, e a maior estatística de violência doméstica é praticada contra crianças.

De todas as formas de violência doméstica a mais complexa é a sexual, que tende a permanecer escondida durante anos, por causa do medo de represália, vergonha ou temor de que ninguém possa acreditar que uma filha ou irmã é violentada por seu pai ou irmão. Este tipo de violência é ignorado, principalmente pela mãe, que sob a máscara de proteger o seu lar de escândalo cala-se.

A violência doméstica deixa seqüelas como traumatismos, problemas gastrintestinais, dores crônicas, depressão, medo, pavor e em muitos casos comportamento suicida. Baixa auto-estima, problemas de personalidade, timidez, descuido com a aparência, etc.

Há tratamentos específicos para agressores, terapeutas e especialistas recomendam buscar ajuda para a detecção do problema e conseqüente terapia, que pode ser individual ou em grupo, onde o agressor estará compartilhando com outros que passam pelo mesmo problema. Ninguém é obrigado a se submeter a tratamento indigno e aviltante. Denuncie todo tipo de violência doméstica, sexual, moral, físico.

Jehozadak Pereira

Nota: É sempre bom falar do reverendo Martin Luther King, um homem íntegro que estava à frente do seu tempo. Hoje, 21 de janeiro é dedicado a celebrar a sua memória e quando isto acontece gosto de postar este artigo abaixo que escrevi em 2004.

I have a dream

Martin Luther King Jr.

1 de dezembro de 1955, Montgomery, Alabama, Sul dos Estados Unidos. Rosa Parks dá sinal e embarca no ônibus que a levaria para casa depois de um dia exaustivo de trabalho. Como na parte de trás havia muita gente, Rosa sentou-se num dos bancos da frente do ônibus. Por causa disto o motorista pediu que ela se levantasse, embora ali houvesse muitos assentos vagos. Rosa recusou-se a levantar e o motorista chamou a polícia que a levou presa. Rosa Parks era mais uma das vítimas da lei de segregação racial que vigorava no Alabama.

Rosa era uma negra.

Por conta da prisão de Rosa houve em Montgomery um boicote à companhia de transportes que durou mais de um ano e que pôs fim à discriminação nos transportes públicos. A frente dos protestos estava Martin Luther King Júnior, que pregava a não-violência como forma de protesto e modo de alcançar o que se desejava.

Martin Luther King Junior, esteve além do seu tempo e foi um batalhador incansável pela causa da integração racial e dos direitos dos negros nos Estados Unidos e seu desejo era uma sociedade americana justa e livre de preconceitos raciais. Era o pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter, em Montgomery, Alabama, onde iniciou a sua cruzada pelos direitos civis das minorias.

Em 1956 sua casa foi explodida por uma bomba e uma multidão de negros enfurecidos formou-se em frente à casa, querendo fazer justiça com as próprias mãos aos que injustamente os perseguiam. King, usando sempre da sua política de não-violência, pediu que depusessem as armas e voltassem para suas casas, dizendo o que seria o seu lema: “Devemos responder ao ódio com amor”.

Por conta do seu ativismo e da sua liderança, King foi preso mais de dez vezes, algumas por motivos fúteis como excesso de velocidade, mas na realidade tudo era mero pretexto para o pressionar e fazer calar a sua voz.

Além de ser aprisionado, King era ameaçado de morte em cada lugar que ia, e dizia que se tivesse de morrer pela causa dos direitos civis, morreria. Em 1963 na celebre Marcha sobre Washington proferiu o discurso Eu Tenho um Sonho que serviria de marco definitivo para que os negros americanos conseguissem os seus direitos que eram tolhidos por leis segregacionistas e racistas.

“EU TENHO UM SONHO”

Há cem anos passados, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinava a Proclamação da Emancipação. Esse momentoso decreto foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa noite do cativeiro. 

Mas, cem anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade trágica de que o Negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do Negro é ainda lamentavelmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro continua vivendo numa ilha isolada de pobreza, em meio a um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha à margem da sociedade americana, encontrando-se no exílio em sua própria pátria. Assim, encontramo-nos aqui hoje para dramatizarmos tal consternadora condição.  

Em um sentido viemos à capital de nossa nação para descontar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as palavras majestosas da Constituição e da Declaração de independência, estavam assinando uma nota promissória da qual cada cidadão americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantido seus inalienáveis direitos à vida, à liberdade e à busca da felicidade. 

É óbvio que ainda hoje a América não pagou tal nota promissória no que diz respeito aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar tal compromisso sagrado, a América deu ao Negro um cheque sem fundos; um cheque que foi devolvido com a seguinte inscrição: “fundos insuficientes”. Nós nos recusamos aceitar a idéia, porém, de que o banco da justiça está falido. Recusamos acreditar não existirem fundos suficientes nos grandes cofres das oportunidades desta nação. Por isso aqui viemos para cobrar tal cheque – um cheque que nos será pago com as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este lugar sagrado para lembrar à América da veemente urgência do agora. Este não é o tempo para se dedicar à luxuria da postergação, nem para se tomar a pílula tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para que se tornem reais as promessas da Democracia. Agora é o tempo para que nos levantemos do vale escuro e desolado da segregação para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é o tempo de abrir as portas da oportunidade para todos os filhos de Deus. Agora é o tempo para levantar nossa nação da areia movediça da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade. 

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este sufocante verão do descontentamento legítimo do Negro não passará até que ocorra o revigorante outono da liberdade e igualdade. 1963 não é um fim, mas um começo. Aqueles que crêem que o Negro precisava apenas se desabafar, e que agora ficará contente como está, terão um rude despertar se a Nação retornar à sua vida normal como sempre. Não haverá tranqüilidade nem descanso na América até que o Negro tenha garantido todos os seus direitos de cidadania. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir as fundações de nossa Nação até que desponte o luminoso dia da justiça.  

Existe algo, porém, que devo dizer ao meu povo que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça. No processo de ganharmos nosso lugar de direito não devemos ser culpáveis de atos irregulares. Não busquemos satisfazer a sede pela liberdade tomando da taça da amargura e do ódio. Devemos conduzir sempre nossa luta no plano elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que nosso criativo protesto degenere em violência física. Sempre e cada vez mais devemos nos erguer às alturas majestosas de enfrentar a força física com a força da alma. Esta maravilhosamente nova militância que engolfou a comunidade negra não deve nos levar a uma desconfiança de todas as pessoas brancas, pois muitos de nossos irmãos brancos, como evidenciado por sua presença aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino, e que sua liberdade está intrinsecamente unida à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. 

À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos avante. Não podemos retroceder. Existem aqueles que estão perguntando aos devotados aos direitos civis: “Quando vocês ficarão satisfeitos?” Não podemos ficar satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores incontáveis da brutalidade policial. Não podemos ficar satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados pela fadiga da viagem, não puder encontrar um lugar de descanso nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Não podemos ficar satisfeitos enquanto a nobreza básica do negro passa de um gueto pequeno para um maior. Não podemos jamais ficar satisfeitos enquanto um Negro no Mississipi não pode votar e um negro em Nova York crê não existir nada pelo qual votar. Não, não, não estamos satisfeitos, e não ficaremos satisfeitos até que a justiça corra como água e a retidão também, como uma poderosa correnteza. 

Não desconheço que alguns de vocês vieram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês recém saíram de diminutas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade deixou em vocês marcas das tempestades de perseguição e fê-los tremerem pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento imerecido é redentor. 

Voltem ao Mississipi, voltem ao Alabama, voltem à Carolina do Sul, voltem à Geórgia, voltem à Louisiana, voltem às favelas e aos guetos de nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, esta situação pode e será alterada. Não vamos nos esconder no vale do desespero. 

Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. 

Tenho um sonho que algum dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado de sua crença. “Afirmamos que estas verdades são evidentes; todos os homens foram criados iguais”. 

Tenho um sonho que algum dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos donos de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade. 

Tenho um sonho que algum dia o estado do Mississipi, um estado deserto sufocado pelo calor da injustiça e opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça. 

Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. 

Tenho um sonho, hoje. 

Tenho um sonho que algum dia o estado de Alabama, cujos lábios do governador atualmente pronunciam palavras de interposição e nulificação, seja transformado para uma condição onde pequenos meninos negros, e meninas negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos meninos brancos, e meninas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs. 

Tenho um sonho, hoje. 

Tenho um sonho que algum dia todo vale será exaltado, toda montanha e encosta será nivelada, os lugares ásperos tornar-se-ão lisos, e os lugares tortuosos serão direcionados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, juntamente. 

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao sul. Com esta fé seremos capazes de tirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação em uma linda sinfonia harmoniosa de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, orar, juntos, lutar juntos, ir à prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que algum dia seremos livres. 

Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: “Meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, de cada rincão e montanha que ressoe a liberdade”. 

E se a América for destinada a ser uma grande nação isto deve se tornar realidade. Que a liberdade ressoe destes prodigiosos planaltos de New Hampshire. Que a liberdade ressoe destas poderosas montanhas de New York. Que a liberdade ressoe dos elevados Alleghenies da Pensilvânia! 

Que a liberdade ressoe dos nevados cumes das montanhas Rockies do Colorado!

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia! 

Não somente isso; que a liberdade ressoe da Montanha de Pedra da Geórgia!  

Que a liberdade ressoe da Montanha Lookout do Tennessee! 

Que a liberdade ressoe de cada Montanha e de cada pequena elevação do Mississipi. 

De cada rincão e montanha, que a liberdade ressoe. 

Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia quando todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, com certeza poderão dar-se as mãos e cantar nas palavras da antiga canção negra: “Liberdade afinal! Liberdade afinal! Louvado seja Deus, todo-misericordioso, estamos livres, finalmente!

Ao optar por não atacar pessoas e sim preceitos e preconceitos segregacionistas e raciais, King mostrou ao mundo que a igualdade era possível, ainda que instigada por ódios incompreensíveis e repugnantes.

Entre todos os prêmios e lauréis que ganhou, o mais importante deles foi o prêmio Nobel da Paz em 1965. Celebrado e respeitado por muitos e odiado por outros – “vergonha para todo o mundo” foi a expressão utilizada por racistas do Sul dos Estados Unidos na ocasião.

Sua cruzada em busca da igualdade foi interrompida em 4 de abril de 1968, com um tiro no rosto dado por um branco na cidade de Memphis no Tennesse. O silêncio da cerimônia fúnebre de King trouxe uma profunda reflexão ao povo americano e impôs ao mundo uma nova ordem na área dos direitos civis. Não se podia matar impunemente – por mais dura que fosse a pena, a morte de King não seria reparada – que buscava direitos iguais para iguais, ainda que diferentes por causa da cor da sua pele, não se podiam transformar um embate num combate.

Não se podia conter ou exterminar uma busca pacífica de igualdade com balas letais, pancadaria e intimidação. Martin Luther King Junior deixou um legado de respeito e de admiração que é seguido por muitos. Na sua sepultura estão gravadas as palavras que ele pronunciou na Marcha Sobre Washington:

“FREE AT LAST, FREE AT LAST;

THANK GOD ALMIGHTY

I’M FREE AT LAST!”

“Enfim livre, enfim livre! Graças a Deus Todo-Poderoso sou finalmente livre!

 

 


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